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quarta-feira, 24 de abril de 2013

ACREDITAMOS...


O tempo propriamente livre, de lazer, é considerado aquele que sobra após a realização de todas as funções que exigem uma obrigatoriedade, quer sejam as de trabalho ou todas as outras que ocupam o chamado tempo liberado.
O que é lazer, então?
Segundo Dumazedier, “o lazer é um conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-lhe de livre vontade, seja para repousar, seja para diverti-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.”
Portanto, há três funções solidárias no lazer:
Ø  Visa o descanso e, portanto, libera da fadiga;
Ø  Visa o divertimento, a recreação, o entretenimento e, portanto, é uma complementação que dá equilíbrio psicológico à nossa vida, compensando o esforço que despendemos no trabalho. O lazer oferece, no bom sentido da palavra, a evasão pela mudança de lugar, de ambiente, de ritmo, quer seja viagem, jogos ou esportes ou ainda em atividades que privilegiam a ficção, tais como cinema, teatro, romance, e que exigem o recurso à exaltação da nossa vida imaginária;
Ø  Visa a participação social mais livre, e com isso promove o nosso desenvolvimento.
A procura desinteressada de amigos, de aprendizagem voluntaria, estimula a sensibilidade e a razão e favorece o surgimento de condutas inovadoras.
De tudo isso, fica claro que o LAZER AUTÊNTICO é ativo, ou seja, o ser humano não é um ser passivo que deixa “passar o tempo” livre, mas empenha-se em algo que escolhe e lhe dá prazer e o modifica como pessoa.
É bom não reduzir o lazer criativo apenas aos programas com funções claramente didáticas. Podemos assistir ativamente qualquer tipo de programa quando somos bons observadores, assumimos atitudes seletivas, somos sensíveis aos estímulos recebidos e procuramos compreender o que vemos e apreciamos.*

Nosso discurso é dentro do Direito à Cidade, a partir disto nosso recorte é o Direito ao Lazer na cidade que inclui a apropriação dos espaços públicos de lazer, a promoção da cultura nos espaços públicos de lazer e a gestão comunitária dos espaços públicos de lazer.
*Adaptado de  FILOSOFANDO, INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
-MARIA LUCIA DE ARRUDA ARANHA e MARIA HELENA PIRES MARTINS

O LAZER ALIENADO

  




No mundo em que a produção e o consumo são alienados, é difícil evitar que o lazer também não o seja. A passividade e o embrutecimento naquelas atividades repercutem no tempo livre. Sabe-se que pessoas submetidas ao trabalho mecânico e repetitivo na linha de montagem têm o tempo livre ameaçado pela fadiga mais psíquica do que física, compensações violentas que as recuperem do amortecimento dos sentidos.
A propaganda da bem-montada "indústria do lazer" orienta as escolhas e os modismos, manipula o gosto, determinando os programas: boliche, patinação, discotecas, danceterias, filmes da moda.

Até aqui, fizemos referência a determinado segmento social que tem acesso ao tempo de lazer. Resta lembrar que as cidades não têm infra-estrutura que garanta aos mais pobres a ocupação do seu tempo livre: lugares onde ouvir música, praças para passeios, várzeas para o joguinho de futebol, clubes populares, locais de integração social espontânea. Isso torna muito reduzida a possibilidade do lazer ativo, não-alienado, ainda mais se supusermos que o homem se encontra submetido a todas as formas de massificação pelos meios de comunicação.
Vimos que o lazer ativo se caracteriza pela participação integral do homem como ser capaz de escolha e de crítica. Dessa forma, o lazer ativo permite a reformulação da experiência. Tal não ocorre com o lazer passivo, no qual o homem não reorganiza a informação recebida ou a ação executada, de modo que elas nada lhe acrescentam de novo, ao contrário, reforçam os comportamentos mecanizados.
É bom lembrar que o caráter de atividade ou passividade nem sempre decorre do tipo de lazer em si, mas da postura do homem diante dele. Assim, duas pessoas que assistem ao mesmo filme podem ter atitude ativa ou passiva, dependendo da maneira pela qual se posicionam como seres que comparam, apreciam, julgam e decidem ou não.

In FILOSOFANDO: INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
(MARIA LUCIA DE ARRUDA ARANHA e MARIA HELENA PIRES MARTIN)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

10MIN02GOLS!


O ESCAMBO COLETIVO defende que os espaços públicos ociosos, originariamente destinados a práticas sociais, culturais e de recreação, devam ser ocupados de forma consciente e autônoma pelas comunidades de seu entorno, e estas devem mantê-los orgânicos e adequados as suas próprias demandas.
A Quadra do Mangueirão, no bairro de Paratibe, em Paulista-PE, um espaço público desassistido pela municipalidade, há muito tempo vem sendo ocupado por diversas ações comunitárias, sobretudo, no campo cultural. O ESCAMBO COLETIVO também ocupa este espaço, contribuindo para sua requalificação, utilizando-o e promovendo sua utilização. Assim, além do Escambo Cultural que é realizado há mais de três anos no espaço, também promovemos uma atividade recreativa, todos os sábados, a partir das 16h. Trata-se do ESCAMBO RECREATIVO, ou simplesmente “a pelada do fim de semana”, “a velha barrinha” ou para alguns, “o verdadeiro futebol de rua”. O ESCAMBO RECREATIVO é uma atividade aberta, onde todos e todas podem e devem se sentir a vontade para contribuir com sua construção. As bolas, as barrinhas e a água que utilizamos, pertencem a quem participa da atividade, portanto, a manutenção desta pequena estrutura é um compromisso coletivo. Pode não parecer, mas esta atividade é um pequeno grandioso exercício de participação comunitária. PARTICIPEM!
Onde: Quadra do Mangueirão, Paratibe/Paulista
Localização: Google Earth       Google Maps
Quando: Todos os sábados
Hora: A partir das 16:00
"Todos e todas somos responsáveis pelo nosso lazer e que seja produtivo, pois assim construiremos a vida social saudável que almejamos!"
DIREITO A CIDADE!!